depoimentos dos participantes do fé no clima – iser
Introdução
De 30 de novembro a 01 de dezembro aconteceu o encontro Fé no Clima organizado pela ISER que reuniu pessoas de diversas religiões para discutir assuntos ligado ao meio ambiente.
A palavra-chave do evento foi diversidade: de religião, de cor, de faixa etária; e, com isso, plantou a esperança em nós de ver um mundo cada vez melhor.
JOsias Vieira
O encontro começou dia 30 às nove da manhã e foi um tempo muito importante de reencontros. Nesse processo a gente encontrou com pessoas que só conhecíamos via internet.
A abertura foi com o Clemir junto com Isabel, eles deram as boas vindas para o povo e iniciaram a fala com um cientista sobre as mudanças climáticas e como essa relação ciência e religião se torna necessária para que espaços que a ciência não consegue explicar sejam contemplados pela espiritualidade através da ferramenta da religião.
O dia se seguiu dessa forma: uma fala no painel e as reações a partir de pessoas que estavam na plateia. Nessa mesa inicial, tiveram reações de pessoas do nosso movimento, como Tim Carriker, mas também a fala de Marcelo Barros, monge católico, e outras pessoas de outras manifestações de fé.
A segunda mesa foi uma mesa que trabalhou a COP 27. E nesse caso tivemos outras reações representando Renovar Nosso Mundo. Tinha Zé Marcos também nessa mesa, falando da realidade do Retipió e como a Igreja Batista Coqueiral tem se relacionado com essa questão. A parte da tarde foi focada na questão do documentário a partir da juventude que está envolvida no ISER e no Fé no Clima. Nessa mesa nós tivemos Géssica Dias apresentando o RNM e a IB Coqueiral.
No fim tivemos as conclusões, mas o encontro como um todo foi riquíssimo. Com muitos encontros, muitos reencontros e muitas construções de novos passos. O ISER parte dessa ligação com as vozes mais jovens e as vozes mais experientes e planeja novas incursões, novos processos que irão acontecer daqui pra frente.
Regina Fernandes
O encontro do movimento Fé no Clima, organizado pelo ISER contou com a presença de diversas pessoas e posições de liderança representantes de diversas religiões: cristãos, católicos, protestantes (entre eles pentecostais) e também representantes de religiões afro brasileira, mulçumanos, judeus e outras. Houve uma diversidade religiosa muito grande.
E o evento contou na sua agenda com o relatório da COP por um grupo que foi para lá e estava também no evento. Eles puderam falar a respeito e houve também o grupo indígena, principalmente de jovens, que falaram sobre suas lutas, a presença na COP, mas também suas lutas pelas questões climáticas. E eles tocaram principalmente no assunto das territorialidades.
Talvez a palavra mais impactante do evento foi esperança. Esperança para um novo momento de Brasil, esperança para um novo momento em que tem uma juventude envolvida com lutas e militâncias pela questão ambiental, mudanças climáticas e, muitas delas, lideradas por pessoas do norte e nordeste do país, jovens e vários representantes dos povos originários.
Então, penso que a palavra, além de diversidade, que foi a marca evento: da diversidade das religiões, das faixas etárias, homens e mulheres; tenha sido esperança, esse foi talvez o termo mais forte do dia de hoje. Em relação a tudo isso: ao cenário político, ao cenário social, e principalmente em relação a questão do meio ambiente e a novas políticas em torno do problema ambiental.
tim carriker
O evento foi muito bom. Nós ouvimos de um cientista, Fábio, um biólogo, uma apresentação sobre a importância da fé na comunicação dos desafios que o planeta enfrenta.
Então, ele começou falando e depois veio a Andreia Coutinho, que é uma jornalista, que tem formação também na área de justiça climática, ela fez uma escola lá nos EUA durante um ano, estudando sobre esse assunto e fez um relatório sobre a COP 27 falando sobre o que não conseguimos.
Ela é uma detentora da justiça racial junto com a justiça climática. E ela falou que o encontro com Lula impressionou todo mundo, mas ela ficou um pouco desapontada que ele não entrou nesse assunto na sua fala de apresentação. Depois ela contou que ele encontrou com indígenas, com negros e quilombolas; brasileiros que estavam lá e se redimiu.
Todo mundo tá falando sobre esse fundo, que na verdade já está estabelecido, mas avançou nesse acordo dos países que ajudam a financiar a recuperação de problemas que são resultados de mudanças climáticas dos países mais afetados e nas populações mais afetadas.
Depois, o Fé no Clima fez um painel, eu participei desse painel junto com Arivaldo Ramos e outras lideranças religiosas. Cada um falou mais ou menos cinco minutos sobre a importância desse evento e alguma coisa da perspectiva da fé em termos dos desafios de comunicar isso para as diversas comunidades de fé.
Eles apresentaram também um filme muito bom sobre os desafios que eles entendem como como jovens.
gilberto ribeiro
Fé no Clima, foi para mim uma grande inspiração e um aprendizado ímpar, é importante dizer que a diversidade de liderança engajada e preocupada com a nossa casa comum me deixa esperançoso e motivado, para continuar nossas lutas socioambientais porque sei que não estamos tão só como muitas vezes imaginei.
Aproveitei para falar do empenho RNM, e convidei a todos a “Amazônizar” mais o Brasil. Muito gratidão por tudo.