Sem os mais vulneráveis ​​o planeta colapsa – reflexão cop 27

Jocabed, membro do GT Povos de RNM Brasil, nos traz um pouco de tudo que viveu e observou durante esse período da COP 27. Confira um pouco do seu relato abaixo:

um resumo

Os Povos Indígenas sustentam cerca de 80% da biodiversidade remanescente no mundo e 17% do carbono florestal do planeta.

Apesar disso, eles são um dos grupos mais vulneráveis ​​devido às mudanças climáticas. As mudanças climáticas afetam de forma real o cotidiano dos Povos Indígenas.

Diante dessa realidade, todos os anos centenas de irmãos e irmãs indígenas participam da Conferência das Partes (COP).

Eles tem diferentes objetivos, mas um deles é defender a Justiça Climática. Já que como dizem os irmãos de diferentes Povos Indígenas: sem os nossos direitos não há justiça climática.

Porém, nem sempre isso é possível, pois os governos, principalmente os mais ricos, que são os maiores poluidores e emissores de gases de efeito estufa, não assumem sua responsabilidade moral e econômica diante da emergência climática.

Embora nesta COP 27 tenha sido possível estabelecer um fundo econômico para ajudar no combate às perdas e danos.

Com relação aos Povos Indígenas, não houve nenhuma tentativa de aprofundar a questão sobre os mecanismos de controle e denúncia das violações de seus direitos.

Por outro lado, o documento do Plano de Implementação de Sharm el-Sheikh faz algumas menções aos Povos Indígenas.

Esses pontos são muito importantes para que, como sociedade civil, continuemos acompanhando e a igreja fazendo seu papel, já que é parte da sociedade.

Caminhar com os mais ‘vulneráveis’ é um compromisso de fé, que nos chama a encontrar Jesus enquanto este caminha com eles.

Podemos reconhecer nos mais vulneráveis o rosto de Jesus e sua profunda espiritualidade nesta hermenêutica de encontro com os que sofrem.

Assim, torna-se muito urgente e pertinente desconstruir os nossos sistemas e avaliar outras alternativas de vida que assentem no bem viver, com economias justas para todos.

Por isso é necessário influir nos processos de nossos governos, em nossos países em nível local, regional, fortalecer o apoio às lutas que estão ocorrendo desde as comunidades indígenas e em nível global em espaços como as COPs.

Isso exige que conheçamos o tecnicismo e os documentos vinculantes, as negociações e os direitos dos Povos Indígenas.

Quais são os mecanismos estratégicos que podemos trabalhar para colaborar com os Povos Indígenas como comunidades de fé?
– escrito por Jocabed Solano –

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